História

Pombal é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal, do historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros.


Não restam dúvidas quanto à presença dos romanos na região de Pombal, tendo em conta as moedas encontradas nas obras de restauro do Castelo. No início do século XII, os Templários passaram pela região. Em 1126 terão encontrado uma povoação no lugar de Chões, hoje desaparecida. Esta terra deserta, de matos fechados e inóspitos entre Coimbra e Leiria, situava-se na fronteira das batalhas contra os sarracenos. Por esse motivo foi aqui erigida, por volta de 1147, uma fortaleza militar.


Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, concede foral a Pombal em 1174, renovado posteriormente no ano de 1176. A acrescentar aos dois forais, D. Gualdim Pais concede também a Pombal, em 1181, uma carta de privilégios. Em 1509 D. Manuel passou por Pombal. Admirado com a povoação, ordenou a recuperação do Castelo, ficando o seu interior a servir de residência ao alcaide-mor da vila, Conde de Castelo-Melhor, e ordenou a abertura de uma porta, voltada para a vila. Por cima dessa porta, foram colocadas as armas da vila de Pombal, à qual revogou antigos privilégios concedendo-lhe foral novo, datado de 1 de Junho de 1512.


Deve-se ao Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, a ordenação da parte baixa da vila. Então mandou construir, na Praça Velha, a cadeia e o celeiro. Na última década do século XVIII, a estrada real foi desviada para dentro de Pombal e foi construída uma ponte sobre o rio Arunca, foi também aberta uma alameda arborizada até à frente do Emporão, dando à vila e a toda a região um novo incremento. Estas condições excelentes para o desenvolvimento da região, vêm a ser travadas pelas invasões francesas. 



Em 1811 as tropas comandadas pelo general Massena, saquearam e incendiaram toda a povoação, circunstância que feriu a antiga pujança, completada pela mortandade ocorrida em 1833, quando a cólera-morbus transformou Pombal numa localidade abandonada. A estrada real ficou totalmente desmantelada e intransitável, os governantes não mostraram qualquer interesse em fazer reparações, preferindo desenvolver as carreiras marítimas entre Lisboa e Porto, o que contribuiu para o isolamento total da vila com o resto do país. Esta situação só foi ultrapassada em 1855, depois da construção do caminho de ferro, permitindo estabelecer comunicação rápida e fácil com os principais centros de Portugal.



Com a renovação urbana, na segunda metade do século XX, e a construção de modernas vias de comunicação, Pombal foi tirando partido da sua localização invejável, novas indústrias começaram a implantar-se, a construção civil cresceu e os estabelecimentos de comércio e serviços progridem tornando a cidade numa das mais prósperas do distrito de Leiria e dando ao concelho um desenvolvimento único na zona centro de Portugal.

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